Trinta e nove: muito ou pouco?

01/08/2022

Toda vez que completo mais um ano de vida, inevitavelmente faço algumas reflexões mais profundas sobre os caminhos percorridos até aquele momento. Muitas memórias vêm à mente, ao mesmo tempo em que o cérebro tenta fazer algumas projeções. Talvez isso seja um indicador de que trinta e nove seja muito. Digamos que ficar fazendo grandes análises no dia do aniversário não é exatamente o comportamento mais jovial, não é mesmo?

Para alguém que nasceu em 1983, trinta e nove anos foi tempo suficiente para conhecer um mundo sem celular e internet, mas também para falar sobre 5G e metaverso. Para jogar futebol na rua e no Playstation. Para trabalhar na empresa e de dentro de casa. A verdade é que não existe uma resposta correta. É tudo questão de perspectiva, e é justamente isso que me faz — às vezes em um mesmo dia — sentir o peso ou a leveza da minha idade.

Hoje, antes de me levantar da cama, conversei com o universo. Agradeci por tudo e pedi discernimento. Sem pieguice, sou grato a tudo, mesmo. As batidas de cabeça me fazem enxergar os obstáculos com um pouco mais de clareza. Os bons momentos me fazem lembrar que vale a pena lutar por eles. E o discernimento é a base para que façamos boas escolhas.

Como escreveu Arnaldo Antunes “eu não caibo mas nas roupas que eu cabia”, mas ao contrário do que ele escreveu, sinto que “ainda encho a casa de alegria” e que “eu vou me adaptar”. Que assim seja.

Foto: Morgan Housel

Ivan Malusá Romanini

Outros artigos

Veja todos os artigos

    Escreva para a Sim e vamos pensar juntos sobre seus negócios